Jacuguaçu
Será algum tipo de pavão? Será uma galinha gigante (e estranha)? Se você não conhece essa curiosa ave, conheça-a agora: este é o original jacuguaçu, popularmente conhecido como “jacu”, mais um dos bichos que podem ser encontrados em Monte Verde.
Também chamado jacuaçu, seu nome significa literalmente no tupi “jacu grande”. E de fato, medindo quase 75 cm de comprimento, é a maior ave nativa que eventualmente o turista poderá encontrar por aqui. A maior e sem dúvida também, uma das mais peculiares…
Apesar de discreta em hábitos e aparência, com coloração entre o preto e o marrom e detalhes brancos nas penas, possui algumas características marcantes, dentre as quais as barbelas vermelhas, a íris do olho de mesma cor, pescoço longo e a ausência de crista. Possui também uma cauda relativamente longa, em comparação ao tamanho do corpo, que é, no entanto, ainda sim menor que a do pavão.
Em Monte Verde, essa espécie encontra seu ambiente perfeito: o de mata serrana. Nesses locais, alimenta-se de folhas, brotos, grãos e insetos, mas principalmente de frutos variados (como araçá, jabuticaba, pitanga, embaúba, jamelão, caqui e até palmito). No entanto, além dos frutos nativos de seus habitats naturais, alimenta-se de outros postos pelos humanos, tendo grande apetite por bananas…
Quanto ao seu comportamento, é uma ave que se relaciona em pequenos bandos, que são as próprias famílias (casal e filhotes). É vista com mais fequência nos fins de tarde – indo de uma árvore à outra, muitas vezes acompanhada de pelo menos uma outra ave – e também logo no início da manhã… Vive em ninhos nas árvores, porém chega a caminhar longas distâncias em terra. Além de tudo isso, é silenciosa, fazendo pouco barulho ao alçar voo – isto é, levando em consideração o tamanho que tem. Você pode ter uma delas a alguns poucos metros acima de sua cabeça em uma árvore e sequer perceber, já que contam com esse comportamento tão calmo e com plumagem que favorece a camuflagem, por assim dizer.
A única caraterística que pode parecer destoar desse animal é o seu canto. É uma espécie de mistura de sons, grasnidos e cacarejos interrompidos. De início mal parece com o canto de uma ave, e, para os ouvidos não acostumados, em fins de tarde é um som completamente desconhecido.
Mas não se engane. Apesar de tudo isso, é uma ave e bem curiosa e com pouco medo dos humanos, podemos dizer. Se quiser observá-las mais de perto ou tirar boas fotos, basta jeito. Não ser agitado é a peça chave.
Redação MonteVerde.com.br ®
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