As formosas plantas denomidas bromélias são vegetais da família das bromeliáceas bem característicos de locais como a Mata Atlântica, onde Monte Verde está inserido. Bromélias são “quase exclusividades” do continente americano, adaptadas a climas variados, sendo encontradas de norte a sul em um total de mais de 3.100 espécies; a exceção é uma única expécie – a Pitcairnia feliciana – natural da África e que só ocorre ali.
O Brasil é um paraíso para esse tipo de planta. Em nosso país podemos observar a existência de 1.290 espécies, das quais uma impressionante quantia de 1.145 ocorrem apenas aqui. Na estância turística de Monte Verde não é diferente, existindo bromélias espalhadas por toda a mata incrustada na cidade e circunvizinhança. Portanto você, turista afeiçoado a natureza, fique atento a esse e outros encantos que oferecemos naturalmente quando for nos visitar!
Uma curiosidade sobre as bromeliáceas é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não são parasitas – não se aproveitam de outras plantas hospedeiras obtendo os nutrientes necessários à sua sobrevivência da seiva delas – , mas são na maioria epífitas, ou seja, apoiam-se em outras plantas maiores e mais altas ou mesmo em muros, rochas, telhados, etc, com o objetivo de obter mais luz e ventilação do que conseguiriam rente ao solo em matas fechadas. Existem algumas espécies terrestres.
Aproveitando-se as bromélias dos galhos e bifurcações de ramos como mero apoio nessas condições, suas raízes chegam a ter apenas função de fixação e aparecem bem expostas nas cascas das árvores. Já as folhas, encontram-se dispostas em forma de roseta, curvadas (tubulares ou amplamente abertas) e dispostas de modo a acumular água e nutrientes provenientes de matéria orgânica morta que cai das árvores ou de animais mortos; nessas circunstâncias acabam por criar nesse micro-habitat uma pequena flora e fauna. As folhas podem ser largas ou estreitas, com bordas lisas ou espinhentas, de coloração verde, avermelhada, arroxeada, amarronzada, esbranquiçada ou outras tonalidades intermediárias. Além disso, em certas espécies, ficam a cargo delas cem porcento da absorção de água, tarefa que primariamente seria das raízes.
Mais interessante de se observar que os aspecto geral das bromélias, suas folhagens e o impressionante tamanho de algumas, são suas flores. Ostentam normalmente uma única inflorescência no centro da roseta, de cor vibrante (vermelhas, alaranjadas ou róseas) e formatos variados. Quando vemos uma dessas inflorescências sabemos que aquele vegetal é um vegetal adulto. Isso pois florescem uma única vez em toda a vida – isto é, na maturidade, e não de acordo com a época do ano – , podendo aguardar muitos anos para tal… A Alcantarea, por exemplo, leva 20 longos anos para florescer. São polinizadas muito frequentemente por beija-flores, atraídos por suas suntuosas flores, e à noite, também, por morcegos que se sentem atraídos pelo seu odor peculiar.